Os porques e os relacionamentos humanos são dois ingredientes constantes na nossa vida. É para entender tantas semelhanças e diferenças que vamos aprofundar um pouco mais este assunto.
PORQUE | POR QUÊ | PORQUÊ | POR QUE
Quando falamos de relacionamentos humanos, o que mais fazemos é achar motivos para o jeito de cada um agir, reagir, pensar, falar, responder, defender, atacar, criticar, aceitar, tolerar,..... Cada um de nós está sempre cheio de motivos para explicar o que está acontecendo, ou porque não está acontecendo, ou como deveria ter acontecido....
Na verdade estamos sempre cheios de porquês, tentando explicar ou questionar tudo e todos que passam na nossa frente. Por isso fazemos tantas perguntas e comparações...
Na nossa gramática encontramos uma realidade muito similar, onde nos deparamos com palavras tão semelhantes e ao mesmo tempo, com uso tão diverso como os porquês. E esta é uma metáfora muito apropriada para usarmos aqui neste artigo. A palavra tem a mesma origem, as aparências são enormes mas os significados tão diferentes: porque, por quê, porquê , por que.
Os porquês e os relacionamentos são tantos e tão variados, como são os tipos humanos.
E basta usar o termo errado, que o sentido da comunicação muda completamente. Mas para quem não conhece as regras da gramática nestes casos, talvez nem note a confusão. Mas ela está lá.
Talvez seja um jeito que encontramos para conviver com tantos conflitos nos nossos relacionamentos. Ou talvez seja apenas um reflexo da dificuldade que temos de nos relacionarmos uns com os outros.
Dá uma olhada nas frases a seguir:
- Não sei por que não quero ir.
- Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
- Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova.
- Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo.
- O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada.
- Diga-me um porquê para não fazer o que devo.
- Por que você não aceitou o convite?
- Todos sabem por que motivo ele recusou a proposta.
- Ela contou por que estava magoada.
- Por quê? Você sabe bem por quê!
- Não sabemos o porquê dela ter agido assim.
- Ele é uma pessoa cheia de porquês.
- Estes são os direitos por que estamos lutando.
Vamos começar pelo entendimento dos significados de cada um dos “porques” em nossa linguagem!
Eles nos oferecem quatro caminhos.
POR QUE
Utiliza-se para introduzir perguntas e sempre subentende a palavra motivo.
Por que ele sempre me faz chorar?
Quantas vezes ao dia você usa este POR QUE?
Sempre que está questionando algo, quando fica chateado com alguém ou com alguma situação, quando alguém lhe faz algo que lhe desagrada, lhe ofende ou lhe prejudica!
E quantas vezes você consegue responder a estas perguntas aí acima? Sempre surgem muitas respostas, hipóteses, certezas e também incertezas... mas será que elas lhe deixam satisfeito(a) ou talvez ainda mais indignado(a)?
POR QUÊ
Este aqui nós usamos sempre no final das frases, quando queremos saber o que está acontecendo.
Eles não vieram me ver, por quê?
Quantas vezes ao dia você usa este “POR QUÊ”?
Quando alguém ou alguma cena da vida lhe surpreende com algum fato ou atitude que você não esperava... Você deseja entender as razões...você deseja entender o verdadeiro motivo sobre aquela situação.
PORQUE
Este é o rei da explicação...você usa para afirmar algo ou para justificar alguma coisa.
Não fui ao médico, porque acho que não preciso!
Quantas vezes ao dia você usa este PORQUE?
Este aí está sempre pronto para ser aplicado. Justificar algo que você esqueceu de fazer, ou que você não pode fazer, ou que você vai fazer só no futuro...tipo aquele regime, não é? Ou pior...justificar que tudo está ruim porque os outros não mudam, não cooperam, não te entendem, não gostam de você….sempre os outros!
PORQUÊ
Este é outro que sabe tudo ou não sabe nada...Ele tem forma por isso se transforma em substantivo...equivale ao motivo e razão para tudo o que acontece ao nosso redor.
Eu não entendo o porquê dela ter agido assim comigo!
Quantas vezes ao dia você usa este PORQUÊ?
Saber o porquê de tudo é coisa deste aí... Ou você quer saber o porquê das ações dos outros ou você deseja mostrar a todos que sabe o porquê de tudo!
http://www.esensetreinamentos.com.br/20-dicas-para-uma-delegacao-eficaz/
E assim como são os porquês que usamos na nossa comunicação, somos nós! Tão parecidos na forma, mas tão diferentes nos significados.
Enquanto a gente fica procurando os porquês sobre cada cena da nossa vida, não seria melhor entender um pouco mais sobre o porquê das dificuldades dos outros em se relacionar conosco? Ou melhor...entender os porquês das atitudes, palavras e reações dos outros!
Somos tão diferentes e tão parecidos em vários aspectos e isto muitas vezes nos confunde. Olhamos para a "forma" de alguém e formamos um conceito sobre ele. Ouvimos o que alguém "fala" e este conceito pode mudar. E quando "vemos" as atitudes desta pessoa talvez nosso conceito mude outra vez. E assim são os seres humanos!
Analisando mais profundamente, você vai perceber a diferença dos “porquês”. Dependendo de que lado você está, conforme o seu foco, a compreensão muda e reflete, bem ou mal, nas nossas interações com todos: filhos, amigos, colegas, grupos sociais, vizinhos, alunos, professores, chefes, enfim...O seu papel pode mudar em cada situação da vida, mas o que garante um bom relacionamento está sempre dentro de você.
Mas para isso acontecer precisamos estudar mais as regras básicas da gramática dos relacionamentos humanos. Então vamos lá... entender um pouco mais como as pessoas funcionam. Os porquês de cada um!
E agora?!
Vamos adiante para a prática... Existem muitos caminhos para entendermos os motivos de tudo o que nos rodeia, mas o primeiro deles é começar a entender melhor os motivos de tudo o que se passa no meu interior. Se não iniciar de dentro pra fora você seguramente ficará preso em meias verdades.
" Quatro raízes de todas as coisas: fogo, ar, água e terra." Empedócles
Há séculos ouvimos falar sobre tipos comportamentais.
Hipócrates (Melancólico, Sanguíneo, Fleumático e Colérico), Jung (Sentimento, Intuição, Pensamento e Sensação), e assim podemos relacionar vários tipos de classificações que têm a mesma intenção, isto é, identificar fatores que são mais marcantes em cada personalidade.
Alguns destes modelos são aplicados pelas empresas como critério para auxiliar na seleção de pessoas, outros para entender comportamentos desequilibrados e outros para ajudar as pessoas no caminho do auto-conhecimento e assim construir relacionamentos melhores e conquistar mais qualidade de vida.
Um bom exemplo vem da antiguidade e se mantém atual até os dias de hoje.
Em 430 aC um filósofo greco já abordava este tema. Empédocles era um pensador científico e precursor da ciência física, mas é mais conhecido por dar origem a teoria dos quatro elementos clássicos na formação do universo, da natureza e definição dos comportamentos humanos.
Empédocles considerou que os quatro elementos - água, ar, terra e fogo- são realidades fundamentais e imutáveis, e que fazem parte de todas as estruturas do mundo. Ele chamou estes quatro elementos de “raízes” e que, de acordo com as diferentes proporções em que estes quatro elementos indestrutíveis e imutáveis são combinados uns com os outros, é produzida a diferença da estrutura.
Esta teoria dos quatro elementos se tornou padrão para os próximos dois mil anos.
Estes elementos tornaram-se o mundo dos fenômenos que vemos hoje no mundo real, cheios de contrastes e oposições, inclusive com a fisiologia dos seres humanos, a medida que os elementos entram em combinações.
Este conhecimento é explicado pelo princípio de que os elementos nas coisas exteriores a nós são percebidos pelos elementos correspondentes em nós mesmos.
Para Empédocles, todas as coisas vivas estão no mesmo plano espiritual, sendo elos de uma cadeia onde os seres humanos são um elo também.
Conheça a ferramenta que utiliza os Elementos da Natureza Humana para você se conhecer melhor e transformar seus relacionamentos.
Este é um novo jeito de entender melhor a si mesmo e aos outros.
A ferramenta Modelo dos Elementos® da Natureza Humana é um modelo de avaliação comportamental que utiliza a natureza como uma metáfora, mapeando a “natureza” das pessoas com os elementos da terra, ar, fogo e água como descritores de comportamentos. Além de desenvolvimento comportamental, o Modelo da Natureza Humana® oferece a possibilidade de trabalhar as áreas de desenvolvimento de líderes, equipes, organizações e comunidades.
Onde e como você pode aplicar este modelo? No seu trabalho, família ou relacionamentos."
Você conhece a sua natureza? E a natureza das outras pessoas com as quais convive? Qual o seu perfil? E qual será o perfil dos outros? Você sabe que cada pessoa possui um perfil, que pode ser relacionado a um elemento da natureza? E quais são estes elementos? São a ÁGUA, o AR, a TERRA e o FOGO.
Cada perfil, cada comportamento ou personalidade das pessoas pode ser relacionado diretamente com as características de cada elemento.
Por exemplo: as pessoas que tem o elemento ÁGUA ou AR mais elevado são os que perguntam mais e as pessoas com o elemento FOGO ou TERRA são os que mandam mais.
A ÁGUA precisa saber a intenção das pessoas, por isso sempre pergunta para os outros o “por quê” de fazerem as coisas que fazem. Precisa também de motivação, um incentivo para iniciar alguma tarefa. O AR pergunta para saber a lógica...precisa entender primeiro para depois fazer...
Na realidade cada pessoa tem uma natureza com características mais predominantes. Para facilitar o entendimento, associamos estas características à natureza. Ela é composta por elementos – água, ar, terra e fogo – e assim cada pessoa tem na sua natureza humana características predominantes destes elementos. Alguns tem a predominância do elemento TERRA, outros do ÁGUA e assim por diante.
QUER SABER MAIS?
Conheça quais são os Segredos da Natureza Humana
A verdade inteira está dentro de você, por isso as mudanças começam por aí!
Comece por você.